sábado, 15 de agosto de 2015

Lembranças...



Querida perda,

Acabei de encontrar aquelas lembranças que nós tínhamos guardado bem escondidas lá no porão da minha mente. Apesar de escondidas, elas ainda estão lá, sempre estiveram lá.
Lembra de quando você sempre me levava de manhã para passear? E como nos divertíamos muito!
  Enquanto vasculhava aquela caixa das lembranças, eu vi todas aqueles conselhos que eu não ouvi. todas aquelas flores que eu ganhava na feirinha, nós dois sabíamos que a flor ia murchar logo de noite, mas isso não nos impediu de colocar ela na água. Eu lembro de todas as coisas doidas que você me falava para me fazer rir. De quando você estava sozinho na sala e eu lhe fazia companhia.
  Apesar de sempre ser muito teimosa, eu sempre te amei. Você sempre vai deixar um pedaço vazio no meu coração, mas espero que você esteja num lugar bem melhor do que aqui. Muito obrigada por ter feito parte da minha vida.

De uma pessoa que te ama muito, sua neta querida.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Cabeludo Alternativo

It's full speed or nothing. | via Tumblr
Um dia quis ter alma livre. Mas se me dissessem que voar aos 15 anos é como respirar debaixo d'água, eu teria morrido afogada há muito tempo.
  E o libertar se torna um tanto tosco, quando questionamentos são tão presenciais: Por que quero me libertar? De onde veio isso? Será que estou no caminho certo? Do que quero me libertar?. A última eu sei responder, oras! De tudo, eu diria. Do medo que nos engole, da família que sempre repassará seus princípios frívolos, dos amigos cegos pelas vendas que eles próprios amarraram em si, e me pergunto todas as noites, se até o amor deveriam sumir.
  Se me dissessem que odiaria amar, teria voado sem esperar meu rouxinol. Perco seu cantar, mas coleciono novos ares e histórias, não amores. Parto do princípio de que em uma gaiola só cantará mais um, mas na liberdade, há uma orquestra.
  Talvez seja por isso que admiro cabeludos de alma livre, fumando seu cigarro e escrevendo poesias  para si, libertando-se a cada palavra. Sou há favor de amores platônicos e quem sabe o encontro bebendo um pouco liberdade, trocamos sentimentos e experimento café em Paris pra variar.

Ester S.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Cidades de Papel [Resenha Cinematográfica]


Eu tenho o orgulho de dizer que fui à estreia de Cidades de Papel! Apesar de nunca ter lido o livro mas adorar a narrativa de Jhonn Green, assim que soube de sua estréia aqui no Brasil (09.07.15) contei cada dia, hora e minuto para assistir à esse esperado longa. Muitas pessoas ainda não assistiram, então não conterá (muitos) spoilers. Let's go!
  Logo de cara encontramos Quentin, um garoto de 18 anos, comprometido com suas notas e ter um futuro estritamente planejado e contando com a companhia de seus melhores amigos, Ben e Radar, que são a alma cômica da história, simplesmente gêniais e cativantes! Nos pensamentos de Q. percebemos sua crença em que é possível acontecer um milagre com cada um, e então somos levados ao que ele considera seu milgare: Margo Roth Spielgeman.
  Margo é uma garota aventureira, forte, popular e imprevisível. Q. e ela são amigos desde à infância porém após um acontecimento (sem spoilers, danadinhos XD), tudo muda, eles se afastam, Margo começa a aparentar ter uma vida perfeita e ele volta a seus planos. Até que um dia, Margo entra pela janela do quarto de Q. totalmente vestida de ninja e o convida para uma noite de vingança e diversão.

Então a aventura começa quando ela some da cidade, deixando pequenas pistas de seu paradeiro, como migalhas de pão. Então me apaixonei de vez pelo enredo.
  Cada lugar, frase e pensamento de Margo, me faziam entrar em uma profunda reflexão. Cidades de papel, com casas e pessoas de papel, Sim, é impossível sair dos cinemas sem um pnsamento em mente. Toda a procura por ela, é bem divertida e misteriosa, com todas as trapalhadas e diversões de um grupo de amigos do ensino médio que nunca tinham matado aula na vida.
  Se fosse para descrever em uma palavra essa história, seria introspecção. Cada pessoa terá uma visão diferente da narrativa e levará algo consigo, por isso recomendo a todos assistirem e tirarem suas conclusões, e acima de tudo, se deixarem levar para as Cidades de Papel.

Ester S.

sábado, 13 de junho de 2015

Um Cara Chamado Jimmi Hendrix

riddlr | via Tumblr
Nem sempre fui uma pessoa chegada ao Rock. Minha praia sempre fora meio hippister, ouvia MPB, bossa nova e um pouco de reggae nas horas vagas, rap pra dar aquela quebrada na correria, mas nunca rock. Achava o estilo meio sem sentimento e barulhento demais. Porém, quando um dos seus melhores amigos é um rockeiro nato, o estilo acaba fluindo e hoje em dia sou feliz com os sons de guitarra que carrego em meu celular :)
  Foi nesa vibe que conheci um cara que alegra minha vida por completo: Jimmi Hendrix . Cantor norte-americano, compositor e considerado um dos maiores guitarristas da história do rock, foi Influenciado por caras do blues americano como T-Bone Walker, B.B King e Elmore James, além de guitarristas como Curtis Mayfield e Steve Cropper.
  Jimmi Hendrix me encontrou numa manhã de sábado, e mudou meus conceitos sobre rock n 'roll por completo! Com uma pegada bem do blues e o jeito do rock dos anos 60, juntamente com o modo único que ele fazia sua guitarra cantar, fez meu corpo se arrepiar enquanto ouvia suas músicas. Infelizmente, ele se juntou Ao Clube do 27  em 1970, e agora só contamos com seu som incrível para nos recordarmos. Entao, aproveite ;)

1. Voodoo Child



"Bem, eu estou de pé, PROXIMO A Montanha Uma
E eu derrubo com hum Uma faca da Minha Mão
Eu recolho de Todos os fragmentos e crio Uma ilha
Que PODE Até Gerar Um pouco de areia "

2. Hear My Train A Comin '



"Bem, espero por aqui o trem na Estação
Que esperando o trem
me mild Pará Casa, sim
Desse lugar solitário "

3. Foxy Lady



"Eu Estou Querendo te Levar Para Casa, sim
Não Te cuasarei Nenhum mal
Rápido Rápido rápido Você tinha Que Ser Toda Minha
Oh, garota sexy "

Ester S.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

A que Veio do Mar


 Conchas del mar                                                                    
                                                                    A menina
                                                                  todos os dias
                                                                   se perder ia
                                                              tragava seu cigarro
                                                                   todos os dias

                                                                    E tinha vezes
                                                                    que ao mar ia
                                                               procurarpor sua sina
                                                                     assim seguia

                                                                     Rimas fáceis
                                                                     sempre fazia
                                                                    era seu destino
                                                                      todos os dias

                                                             Não confiava em gente
                                                           mas seu coração entregaria
                                                                   ao bom menino
                                                             e o mesmo ele prometia

                                                                  E já lhe chamavam
                                                               chamavam-lhe Marina
                                                                 pois tem jeito de mar
                                                                          a menina
                                                                            Ester S.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Maior Quadrinho Urbano do Mundo é Inaugurado no Rio

É certo que todo carioca que ande por sua cidade, já notou um personagem icônico nas paredes e muros do Rio: Zé Ninguém. Um homem moreno (Tá mais pra laranja, mas ok) e bigodudo, vestindo uma bermuda jeans, chinelos e deconsidera camisas. Essa história começa quando a namorada de Zé Ninguém, Ana, some de repente e ele sai pela cidade à procura de sua amada.
  Eu ando bastante pela cidade e já pude ver várias dessas obras, que são lindas *-* é como se Zé Ninguém, de fato estivesse rodando por todos os lugares em busca de seu objetivo! Essa história começou em 2008, quando o quadrinista americano (mas com nome de brasileiro!) Alberto Tito Serrano, se mudou para o Rio há 14 anos atrás. Perdido em meios as cariocas e toda a cultura brasileira, inventou um personagem que pudesse retratar toda essa reviravolta que estava vivendo. Bem, Zé Nimguém passou por toda a cidade, da Praia de Ipanema ao Piscinão de Ramos, sempre acompanhado por um cãozinho que ninguém sabe sua origem, mas já li por aí que ele foi "assaltado" por um pombo (masoque).


Essa tirinha ficou por muito tempo inacabada, apenas com seu Zé rondando a cidade em busca de Ana, porém, no dia 27 de março, Tito Serrano pois um ponto final (por enquanto) nessa história! Em parceria com o Hospital do Câncer II, graffitou em sua laeral, um quadrinho de 400 metros, se tornando o maior quadrinho urbano do mundo, contando todo o desenrolar do resgate de Ana das garras de Dr. Dor, cada qual lutando em um robô-gigante (go go power rangers o/), sendo que o vilão governa um feito de cigarros: Isso representa a industria tabagista, uma mensagem que tem tudo haver com o endereço escolhido. No final das contas, Zé Ninguém salva Ana e depois de toda essa viagem pelas ruas do Rio, há um happy end.
Se você mora no Rio de Janeiro ou está de passagem, que tal dar uma olhada nessa história?

Ester S.

sábado, 30 de maio de 2015

Fui-me

                                                                ...
                                                                 Que penas brancas
                                                             se despedaçam de mim
                                                             sangrando toda cicatriz
                                                                         marcas
                                                                     e desamores

                                                                     Irei tragar-me
                                                             com o gosto do amargo
                                                                      de nicotina
                                                                         e pranto

                                                                    Com vinho doce
                                                             manchando minha mente
                                                                 por vezes, envenena 
                                                                   outras, entorpece
                                                                         o teu amor
                                                                             santo
                                                                            e puro

                                                                Dedilhar minha alma
                                                                   como quem toca
                                                                         a tristeza
                                                                        num fôlego
                                                                com tom de ré menor

                                                                   E nortear meus pés
                                                                      ao mar revolto
                                                                    me tornando água
                                                                       e dissolvendo
                                                                           na maré

                                                                      Pois remendo
                                                                     minhas palavras
                                                                     como quem tece
                                                                          o tapete
                                                                   que pisarão os reis

                                                                       E as carrego
                                                                   no raiar do mundo
                                                                    mas não voltarei
                                                             para assistir o virar do dia
                                                                  de fato, não voltarei
                                                                      para este verão

                                                                          Ester S.